Esta postagem é para divulgar um lançamento, o número Zero da Revista (In)Visível, que será dedicado à pornografia.
O tema de abertura do projecto é a Pornografia. Apesar de existirem diversos debates acerca das diferenciações socioculturais entre o que é ou não pornografia, não é interesse desta edição balizar qualquer tipo de definição certeira. E sim, experimentar as diversas formas de significação deste conceito.
O lançamento será hoje, às 15h30, em Portugal. Mas, haverá transmissão online:
Convidamos a bailarina Juliana Japiassú para ler, sem roupas, um texto pornográfico em transmissão pela Internet.
Juliana Japiassú possui experiência em ballet clássico, dança moderna, acrobacia e danças populares e trabalha com abordagens corporais diversas. Actualmente reside em Lisboa e faz estágio no CEM (centro em movimento).
Dia 28.09 – Quarta-feira as 15h30 (Horário de Lisboa).
Atenção: O horário do lançamento será o de Portugal. No Brasil, obedecendo o fuso de menos 4 horas, o evento será de 11h30 às 12h30. À hora agendada é só entrar no link: www.livestream.com/revistainvisivel.
Mais detalhes, aqui: http://revistainvisivel.com/
E para entrar no clima, uns poemas:
Soneto 139 Oroerótico (ou Oroteórico) (de Glauco Mattoso)
Segundo especialistas, a chupeta
depende da atitude do chupado:
se o pau recebe tudo, acomodado,
ou fode a boca feito uma boceta.
Pratica “irrumação” o pau que meta
e foda a boca até ter esporrado;
Pratica “felação” se for mamado
e a boca executar uma punheta.
Em ambos casos, mesma conclusão.
O esperma ejaculado na garganta
destino certo tem: deglutição.
Segunda conclusão: de nada adianta
negar que a boca sofra humilhação,
pois, só de pensar nisso, o pau levanta.
…
Cantiga de Maldizer – I (de Afonso Eanes de Coton)
Marinha, o teu folgar
tenho eu por desacertado,
e ando maravilhado
de te não ver rebentar;
pois tapo com esta minha
boca, a tua boca, Marinha;
e com este nariz meu,
tapo eu, Marinha, o teu;
com as mãos tapo as orelhas,
os olhos e as sobrancelhas,
tapo-te ao primeiro sono;
com a minha piça o teu cono;
e como o não faz nenhum,
com os colhões te tapo o cu.
E não rebentas, Marinha?
…
Lá quando em mim perder a humanidade (de Manuel Maria Barbosa du Bocage)
Lá quando em mim perder a humanidade
Mais um daqueles, que não fazem falta,
Verbi-gratia – o teólogo, o peralta,
Algum duque, ou marquês, ou conde, ou frade:
Não quero funeral comunidade,
que engrole sob-venites em voz alta;
Pingados gatarrões, gente de malta,
Eu também vos dispenso a caridade:
Mas quando ferrugenta enxada idosa
Sepulcro me cavar em ermo outeiro,
Lavre-me este epitáfio mão piedosa:
“Aqui dorme Bocage, o putanheiro:
Passou a vida folgada, e milagrosa:
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro.”
Projeto, no mínimo, interessante!
é, cau.
e amanhã, vou ver se minha net (horrível) me permite acompanhar o lançamento online.
obrigado pela visita.
Nil, passo rapidinho só pra deixar o link.
Quem quiser baixar a revista, acesse: